O Castelo é, certamente, um daqueles locais que melhor testemunham a presença humana em tempos recuadíssimos da pré-história. Pela sua posição defensiva poderá ter sido este um dos locais escolhidos pelos homens da Idade do Bronze para assentamento dos seus povoados, ou seja, sensivelmente entre inícios e meados do primeiro milénio a.C.
Na base do monte foram encontrados alguns seixos afeiçoados que são mais um dos indicadores que atestam a presença humana neste local, neste período que medeia a Idade do Bronze e a Idade Média.
Gravuras rupestres do Castelo
O Castelo terá sido, com toda a certeza, uma atalaia roqueira defensiva dos séculos X ou XI, até pelos restos de cerâmica medieval que lá aparecem. A leitura das gravuras rupestres continua, porém, inconclusiva.
A primeira notícia escrita sobre as gravuras rupestres do Castelo data de 1886, em o “Minho Pitoresco”, da autoria de José augusto Vieira.
O Castelo é constituído por um conjunto de grandes blocos graníticos e fica situado no monte do mesmo nome que faz fronteira com a freguesia de Mazedo. Num dos blocos superiores, voltado a sul, estão insculpidas cinco covas ovais. Num outro que lhe fica imediatamente abaixo, vê-se um grande motivo serpentiforme que dá o nome ao local, o Penedo da Serpe.
Confrarias
De uma perspetiva canónica, as confrarias ou irmandades são associações organicamente eretas com a finalidade de prestar assistência material e espiritual, sobretudo aos seus membros, e incrementar, com zelo e solicitude, o culto público, com destaque para a veneração do patrono e a realização da sua festa que constitui o momento alto da sociabilidade confraternal.
Através dos múltiplos campos de ação, as confrarias desempenharam um papel fundamental na sociedade portuguesa, no reforço dos elos de solidariedade humana e fraternidade cristã, garantindo formas de atenuar as dificuldades materiais.
As confrarias, como forma de enquadramento da vida religiosa dos leigos, foram aceites pela igreja como entidades orgânicas e muito contribuíram para o fortalecimento da vivência do catolicismo, na orientação doutrinal dos fiéis, estímulo da procura dos sacramentos, do culto dos mortos e do exercício de outras atividades devocionais e piedosas. Multiplicaram tempos, espaços e formas de sociabilidade, especialmente em torno das festas e celebrações religiosas.